SÃO FÉLIX DO XINGU: O GIGANTE DA PECUÁRIA BRASILEIRA
Prefeitura
Publicações
Voltar
SÃO FÉLIX DO XINGU: O GIGANTE DA PECUÁRIA BRASILEIRA
Com mais de 2,5 milhões de cabeças de gado, município paraense lidera o ranking nacional e busca equilibrar produção, desenvolvimento e conservação ambiental.



Seção Publicações, em 16/10/2025


São Félix do Xingu, no sul do Pará, é hoje o maior símbolo da força da pecuária nacional. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o município abriga cerca de 2,5 milhões de cabeças de gado, o maior rebanho bovino do Brasil em termos municipais. O número impressiona ainda mais quando comparado à população local — cerca de 65 mil habitantes — o que significa quase 40 cabeças de gado por morador. Com uma área de 84 mil km², o território de São Félix do Xingu é maior que países como Áustria ou Portugal. Essa dimensão territorial, aliada à fertilidade das terras e à tradição agropecuária, consolidou a pecuária como principal motor econômico da região. A atividade movimenta empregos, gera renda e impulsiona setores como transporte, comércio e serviços veterinários, além de garantir destaque ao município no cenário agropecuário nacional. O gado criado em São Félix do Xingu abastece os principais mercados consumidores do Brasil, incluindo grandes centros urbanos como Belém, Goiânia, São Paulo e Brasília, além de atender indústrias frigoríficas exportadoras que enviam carne para países da América do Sul, Europa e Ásia. Frigoríficos instalados no Pará e em estados vizinhos atuam diretamente na compra do rebanho local, garantindo que a produção municipal participe de cadeias globais de exportação de carne bovina. Mas o sucesso econômico traz desafios. A expansão histórica das pastagens na Amazônia paraense esteve ligada a processos de desmatamento, queimadas e disputas fundiárias. Em São Félix do Xingu, onde estão áreas de floresta nativa, unidades de conservação e terras indígenas, o desafio é equilibrar a produção sustentável com a preservação ambiental. Nos últimos anos, ações de fiscalização, programas de rastreabilidade do gado e incentivos a práticas sustentáveis têm ganhado força. Técnicas como o pastejo rotacionado, a integração lavoura-pecuária-floresta e a recuperação de áreas degradadas são apontadas como caminhos para manter a produtividade sem ampliar o desmatamento. Conciliar a vocação produtiva com a proteção ambiental é o grande objetivo de São Félix do Xingu. O município, que já é potência na produção de carne, busca agora se destacar também como referência em sustentabilidade na Amazônia — mostrando que é possível produzir, preservar e garantir o futuro de forma equilibrada








Publicações MAIS ACESSADAS